Infanta Cristina estava no Instituto por "transparência"
A imprensa espanhola publica hoje os principais pontos das 86 páginas das transcrições do interrogatório feito a 23 de fevereiro no tribunal de Palma de Maiorca a Iñaki Urdangarin no âmbito da investigação por alegado desvio de fundos públicos através do Instituto Nóos.
No seu depoimento, que durou cerca de quatro horas, o genro do rei de Espanha fez questão de ilibar a mulher neste caso, dizendo que a "infanta Cristina estava no Instituto Nóos por transparência".
Questionado pelo juiz José Castro acerca das funções da Infanta Cristina no instituto, Iñaki afirmou: "Nenhuma. Era uma pessoa da minha confiança", afirmou, garantindo que a mulher era uma garante de "transparência, comodidade, formalismo" e estava no organismo porque era "uma pessoa próxima".
Urdangarin insistiu na defesa da Casa Real espanhola e também de Carlos García Revenga, secretário das Infantas, como tesoureiro do Instituto Nóos.
No seu testemunho, o genro dos reis de Espanha admitiu uma dívida de 3,6 milhões de euros dos 5,8 milhões que pediu emprestados para comprar o Palacete de Pedralbes.
Iñaki negou ainda que tivesse ganho entre um milhão e um milhão e meio de euros entre 2009 e 2011, quando trabalhou para a Telefónica nos Estados Unidos, dizendo que esse valor se ficou pelos 350 mil euros. O duque de Palma explicou que poupou dinheiro e que tem contas bancárias em Espanha, na Caixa, e nos Estados Unidos, com "um saldo pequeno". O valor nessas três contas (uma no nome dele, outra no da Infanta e outra no de ambos) "não chegará aos 80 mil euros", disse.